Milho tem cenário de preços altos para 2021 com demanda internacional aquecida e real depreciado, diz Rabobank 403yk
O preço do milho no Brasil vai seguir alto nessa reta final de 2020 e durante o próximo ano, pelo menos até o segundo semestre, conforme analista o Rabobank. A demanda aquecida, bons índices de exportação e o câmbio desvalorizando o real ante ao dólar são os principais pontos para dar essa sustentação.
Segundo o analista de grãos do Rabobank, Victor Ikeda, somente um câmbio mais baixo seria capaz de modificar este cenário, mas que, no momento, nada sinaliza esta tendência. Inclusive, o real valendo menos do que o dólar deve ser fundamental para a manutenção da competitividade do cereal brasileiro no mercado internacional.
Pensando nas exportações, Ikeda acredita que o país encerre este atual ciclo com um volume entre 32 e 33 milhões de toneladas, impulsionado pelo aumento dos embarques nesta reta final de ano. Já para 2021, a projeção do Rabobank é de algo entre 36 e 37 milhões de toneladas, com destaque para o segundo semestre.
Do lado da oferta, o analista relata uma produção total do Brasil, somando todas as safras, de 107 milhões de toneladas para o ciclo 2020/21, mas este número ainda pode ser alterado de acordo com as condições climáticas e os reflexos do atraso do plantio da soja na janela ideal da safrinha, que representa maior volume.
Outro player importante para o produtor ficar atento é a China. Ikeda explica que o país asiático costumava importar 3,8 milhões de toneladas de milho por ano, mas deve absorver 24 milhões em 20/21. Este movimento beneficia, principalmente, os Estados Unidos que estão exportando mais em uma safra que vai se consolidando menor do que o esperado inicialmente.
Assim, o Rabobank projeta o valor do bushel na Bolsa de Chicago (CBOT) entre US$ 4,30 e US$ 4,50 para o ano que vem, patamar acima dos atuais preços de cotações.
Confira a íntegra da entrevista com o analista de grãos do Rabobank no vídeo.
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