Seca no café: Produtor deve avaliar junto com técnico agrícola necessidade de podas que não estavam programadas, diz Cooxupé 2b6q40
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Entrevista com Éder Santos - Coordenador Geoprocessamento da Cooxupé sobre o Café e Clima 3h36g

A Cooxupé realizou na última terça-feira (6) o 2º Fórum Clima e Café para avaliar os impactos da estiagem e das altas temperaturas para safra 21. Segundo dados da cooperativa, não chove de maneira expressiva no sul de Minas Gerais, Cerrado Mineiro e Alta Mogiana há mais de 170 dias, o que deve impactar diretamente a próxima produção.
Segundo Éder Santos, Coordenador Geoprocessamento da Cooxupé, uma chuva entre o dia 20 e 22 de agosto foi suficiente para abertura de uma florada em lavouras novas e podadas, e com intensidade média. Posteriormente, uma chuva entre 22 e 23 de setembro, também foi suficiente para uma abertura de florada generalizada nas áreas de atuação da cooperativa.
"Os dois florescimentos ocorreram em condições muito adversas, temperatura muito alta e déficit hídrico muito acentuado, mas para falar em pegamento da florada a gente tem que aguardar para verificar como vai ser o desenvolvimento desses chumbinhos", afirma.
Segundo as previsões climáticas divulgadas no fórum, a tendência é do retorno efetivo das chuvas entre a última semana de outubro e primeira semana de novembro. O ideal é que as chuvas sejam regulares até, pelo menos, o primeiro trimestre de 2021, para garantir um desenvolvimento satisfatório da próxima produção, que naturalmente é de ciclo baixo.
O cenário é preocupante para a principal área de produção de café tipo arábica do país e diante das condições, Éder destaca que o produtor deve procurar por um técnico agrícola de confiança para avaliar a necessidade de podas que não estavam programadas para esse ano.
"Esse ano vai ocorrer muitas podas que não foram programadas. Por exemplo, um produtor que teve uma lavoura que produziu 35-40 sacas e que tinha potencial para 25-27 em 2021, diante dessa condição de seca, ele avaliou que talvez produza entre 16 e 17, o que acaba não sendo viável economicamente e ele acaba por realizar uma poda não programada. Isso nós estamos vendo em várias regiões", comenta.
Veja a entrevista completa no vídeo acima
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