Mercado do açúcar inicia semana em queda e desaceleração nas exportações 176t1z
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O mercado do açúcar abriu a semana em baixa, refletindo a valorização do dólar frente a outras moedas e uma queda no ritmo das exportações brasileiras. Na ICE de Nova Iorque, o contrato maio/25 recuou 1,17%, sendo negociado a 19,49 centavos de dólar por libra-peso, enquanto em Londres a tonelada para o mesmo vencimento caiu 0,91%, cotada a US$ 547,40. De acordo com o Barchart, o movimento de queda está atrelado à força do dólar, que teve um rali global nas últimas sessões. No Brasil, o câmbio subiu de R$ 5,63 para R$ 5,71, o que torna o mercado interno mais atrativo para as usinas.
Apesar disso, o volume de açúcar aguardando embarque nos portos brasileiros aumentou: segundo a Williams Brasil, havia 50 navios na fila de carregamento na semana encerrada em 19 de março, contra 47 da semana anterior. O total agendado para exportação subiu de 1,634 milhão para 1,911 milhão de toneladas. Entretanto, os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam para uma desaceleração nas exportações em março. Com 8 dias úteis contabilizados, a média diária de receita com exportações de açúcar e melaços foi de US$ 46,12 milhões, uma queda de 34% em relação à média diária de março de 2024. O volume médio diário embarcado também recuou 28,1%, ando de 133,7 mil para 96,2 mil toneladas. O preço médio por tonelada caiu 8,1%, de US$ 522,00 para US$ 479,50.
Na Índia, um dos principais players globais do mercado de açúcar, as perspectivas para a nova temporada 2025/26, que tem início em outubro, são de estoques iniciais confortáveis, apesar da produção reduzida na atual safra e da exportação autorizada de 1 milhão de toneladas, segundo informações da Reuters.
De acordo com Deepak Ballani, diretor geral da Associação Indiana de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia (ISMA), o cenário é positivo em termos de abastecimento. "A situação do fornecimento é muito boa porque nossos estoques iniciais serão muito confortáveis e a produção do ano que vem será maior", afirmou à Reuters.
Segundo a entidade, ao início do novo ciclo, em 1º de outubro, as usinas indianas contarão com cerca de 5,4 milhões de toneladas de estoques remanescentes. Esse volume será suficiente para cobrir a demanda doméstica dos primeiros meses da temporada, especialmente em outubro e novembro, quando o consumo costuma ser elevado devido a festividades e ao clima.
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