Soja fecha com leves altas e negócios no BR podem ser ainda mais atrativos no 2º semestre 1lv55
Soja fecha com leves altas e negócios no BR podem ser ainda mais atrativos no 2º semestre 1lv55
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago inverteram o sinal e fecharam o dia em campo positivo nesta quinta-feira (22). Os preços subiram de 2,25 a 4,75 pontos nos principais vencimentos, com o julho valendo US$ 10,67 e o setembro com US$ 10,46 por bushel.
O mercado, segundo explicou o sócio e assessor da Getreide Investimentos, Marcelo Gavlik, em entrevista ao Notícias Agrícolas, se apoiou nos ganhos do farelo de soja e, principalmente no clima norte-americano que vem preocupando, com o excesso de chuvas e as baixas temperaturas neste momento.
"Essas chuvas estão subindo agora, pegando o coração do cinturão, em Iowa, Illinois e Indiana, e o plantio da soja está lá em mais de 60%. Então, falta área para plantar, esse período mais chuvoso no início de plantio pode resultar em plantas de porte menor, menos produtividade. E temos sempre em mente aquela média de produtividade do USDA e se formos voltar à média seriam duas sacas a menos por hectare. Então, essas tensões climáticas dão e à soja em Chicago", detalha.
Além das chuvas intensas, as baixas temperaturas no Corn Belt também preocupam para os campos de milho, em especial os recém plantados, que podem perder parte do seu potencial. Os mapas atualizados do NOAA, o serviço oficial de clima dos EUA, mostram que nos próximos 6 a 10 dias, as temperaturas deverão ficar abaixo da média em regiões-chave do cinturão, como mostra a imagem abaixo.

No mesmo intervalo, de 27 na 31 de maio, as chuvas deverão ficar dentro da média, com alguns locais até mesmo registrando volumes abaixo da média - de acordo com o mapa abaixo - como nos estados de Illinois, Iowa, Indiana, Ohio, Minnesota e as Dakotas, sinlalizado nas áreas coloridas em marrom.

Além disso, o mercado ainda contou, nesta quinta-feira, com vendas de soja para exportação acima das expectativas do mercado no caso da safra velha dos EUA, de acordo com os dados reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Na semana encerrada em 15 de maio, os EUA venderam 307,9 mil toneladas de soja 2024/25, contra projeções de 100 mil a 300 mil toneladas, e o principal destino foi o México. Com este volume, o total já comprometido pelo país chegando a 48,310,7 milhões de toneladas, contra 42,88 milhões do mesmo período do ano ado.
Da safra nova, as vendas foram de 15 mil toneladas, destinadas à Costa Rica. O mercado apostava em algo entre 90 mil e 400 mil toneladas.
MERCADO BRASILEIRO
No Brasil, o atual momento é de preços estáveis para a soja, porém, com sinais melhores para indicativos e oportunidades de negócios para o segundo semestre. Mesmo os custos do carrego desta soja, os preços para os meses mais a frente estão mais altos e garantem resultados melhores de margens.
"Sazonalmente, o segundo semestre é a época da altas dos prêmios e se tiver qualquer aperto nos EUA, podemos ver os prêmios sustentados (no Brasil) e Chicago mais firme também, quem sabe subindo, podemos ter preços melhores. Mas, também depende se houver uma quebra por lá", detalha Gavlik.
Nos portos, nesta quinta-feira, os preços voltaram a se aproxima dos R$ 140,00 por saca. Em Paranguá, o disponível fechou em R$ 136,50 e para junho, em R$ 139,00/sc. Já em Rio Grande, R$ 136,00 e R$ 138,00, respectivamente.
Acompanhe a análise completa de Marcelo Gavlik no vídeo acima.
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