Suínos e Frangos: Custos de produção têm aumento com alta da energia elétrica e preços mais caros da ração, mostra Embrapa 5w3s5z
O levantamento mensal da Embrapa Suínos e Aves revela que depois de registrarem quedas nos meses de janeiro e fevereiro, os custos de produção de suínos e de frangos de corte subiram pela primeira vez em 2015 no mês de março. 1ky54
O IFrango/Embrapa fechou o mês em 175,16 pontos, alta de 4,1% em relação a fevereiro. Em 2015, o índice acumula aumento de 0,14%. Já o ISuíno/Embrapa de março foi de 177,13 pontos, acréscimo de 2,4% em relação a fevereiro. No ano, o índice aponta alta de 1,32%.
Segundo Ari Jarbas Sandi, analista da Embrapa Suínos e Aves, esse mudança é reflexo no aumento do custo com a ração - que representa 70% do custo total - e no mês de março sofreu elevação de 2% "puxado principalmente pelo farelo de soja", explica.
Outro fator determinante foi o custo com a energia elétrica "que teve um impacto de 22,2% no custo final dos suínos, embora o peso de participação do item energia elétrica seja baixo, em torno de 0,5% a 0,6%", afirma o analista.
No entanto o impacto maior é sobre a produção de aves, onde a energia elétrica representa 1,5% do custo total da produção, pois a necessidade de equipamentos para controlar a temperatura nas granjas é maior.
"Outro fator importante é a questão da lenha ou gás para aquecer as instalações. Geralmente as regiões onde não tem a disponibilidade de lenha é utilizado Gás Liquefeito de Petróleo, que está diretamente relacionado ao aumento do petróleo e da gasolina", completa o analista.
Além disso, durante o mês de março, Sandi afirmou que houve um aumento significativo no frete, que ainda não foi contabilizado neste levantamento, mas que possivelmente deverá impactar o custo no próximo mês.
Contudo, o recuo do dólar na última semana derrubou o preço da soja, e esse novo cenário pode favorecer a composição do preço da ração, e consequentemente diminuir os custos de produção de suínos e frangos.
Vale lembrar que no caso dos suínos, o mercado tem registrado consecutivas baixas. Na última sexta-feira (24) a semana encerrou em queda nas principais praças, sendo a referência Rio Grande do Sul negociada em R$ 3,03 pelo quilo do vivo. Para Sandi, esse fator "colocando o produtor em uma situação de risco, tal qual verificados em outros momentos, como por exemplo, 2008 e 2012", ressalta.
Essas baixas são consequência de uma demanda fraca em grande parte do país. Segundo informações do Cepea, o cenário levou os preços do suíno aos menores patamares do ano em grande parte das regiões pesquisadas.
"No mercado interno vivemos um momento de instabilidade política e certamente o consumidor tende a substituir alguns produtos por outro. Então, creio que a demanda - principalmente no mercado interno - ela deve se repetir o que aconteceu em 2014 e permanecer em torno de 15 kg per capita ano", conclui Jarbas.
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