"Perdas no café ainda não estão consolidadas e novo veranico prejudicaria ainda mais a safra 21", afirma professor Donizeti 164ti
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o professor e pesquisador da UFLA, José Donizeti e Guy Carvalho descreveram o atual cenário na principal região produtora de café arábica do Brasil. Após enfrentar o maior déficit hídrico dos últimos anos, o produtor segue aflito com as condições climáticas.
As chuvas retornaram no final do ano ado e até a primeira metade de janeiro os volumes foram suficientes para aliviar as condições dos cafezais. Em janeiro as chuvas foram abaixo do esperado, mas retornaram no início de fevereiro nas principais áreas produtoras do país. O professor Donizeti explica que daqui pra frente, é importante que as chuvas continuem regulares para não comprometer assim a fase de granação do café, caso contrário, prejudicaria ainda mais a safra a ser colhida neste ano.
Em relação aos números da Conab, que indicam uma quebra entre 32% e 39% na produção de arábica na safra 21, os dois especialistas confirmam as estimativas de quebra, mas destacam que por se tratar de uma média nacional, alguns produtores podem ter baixas acima dos 40%.
Sobre a safra de 2022, que naturalmente seria de ciclo alto para o Brasil, o especialista explica que os impactos da seca serão sim observados na produção, levando em consideração que o crescimento da planta começou três meses depois do esperado, também consequência da falta de chuva no ano ado. Ressalta ainda que é importante o produtor continue fazendo os tratos culturais já focando na produção de 2022.
Veja a análise completa no vídeo acima
0 comentário 52272

Café: Na mesma sessão, arábica testa máxima em duas semanas, mas fecha em queda na Bolsa de NY

Colheita de café do Brasil atinge 28% do total apesar de chuvas no Sul de MG, diz Safras

Exportações de café do Vietnã caem 1,8% de janeiro a maio

Rastreabilidade e boas práticas ESG mantêm diferencial estratégico do setor cafeeiro no Brasil

Crédito ível é aposta para manter produção do café brasileiro no topo do mercado global

Café sustenta valorização forte, fecha com mais de 3% de alta em NY e puxa preços também no BR