Açúcar recua nesta 4ª feira, mas NY ainda se mantém acima do patamar de 20 cents/lb r4r2c
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Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (16) com queda nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado sente pressão de realização de lucros, após máximas de sete meses, além do financeiro, com queda do petróleo e alta do dólar.
Nos fundamentos, porém, há atenção para as informações positivas das principais origens.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,10% no dia, cotado a 20,27 cents/lb, com máxima de 20,48 cents/lb e mínima de 20,22 cents/lb. Já no terminal de Londres, o primeiro contrato teve valorização de 1,22%, a US$ 544,60 a tonelada.
O dia foi de pressão para as cotações do açúcar desde as primeiras horas do dia. Depois de testar na sessão anterior máximas de sete meses em meio cobertura de posições depois de informações ligadas à renegociação e inadimplência de usinas indianas, agora, há realização de lucros.
"O rali agora tem um ímpeto próprio, já que os investidores estão sendo chamados pelo aumento dos preços", disse Tobin Gorey, analista do Commonwealth Bank of Australia, em nota.
Além disso, os preços do petróleo seguiam em baixa nesta quarta nas bolsas externas acompanhando o financeiro. O petróleo caía mais de 1% com a retomada dos embarques de petróleo russo via oleoduto Druzhba, contribuindo para as perdas do adoçante nesta metade da semana.
As oscilações do petróleo impactam diretamente em todos os produtos de energia. No Brasil, as usinas têm a opção de produção de açúcar ou etanol.
Além disso, o dólar avançava forte sobre o real nesta quarta-feira. Uma moeda estrangeira mais valorizada tende a desencorajar as exportações das commodities, por isso dá e aos preços externos. Ainda assim, Nova York consegue se sustentar acima de 20 cents/lb.
Também há o acompanhamento das origens produtoras, como a Índia e Brasil, dos dois lados da tabela. A colheita da safra atual no Centro-Sul do Brasil tem sentido impacto das chuvas nos últimos dias, apesar de cenário favorável para a próxima temporada que tem se estabelecido.
A Índia também deve ter safra positiva neste novo ciclo, mas há atenção recente para as movimentações das unidades produtoras.
MERCADO INTERNO
O açúcar permanece cotado em cerca de R$ 130 a saca em meio demanda aquecida. "Pesquisadores do Cepea indicam que a maioria das usinas paulistas vem planejando encerrar a moagem da cana-de-açúcar da safra 2022/23 neste mês de novembro, e outras poucas unidades de São Paulo seguirão produzindo até a primeira quinzena de dezembro", disse o centro.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve estabilidade, a R$ 130,01 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 135,00 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,60 c/lb e alta de 0,93%.
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