Safra de soja em Goiás apresenta perdas pontuais e já registra ferrugem asiática 514gu
A irregularidade de chuvas e as altas temperaturas registradas entre o final de dezembro e o início de janeiro ocasionaram perdas pontuais em lavouras de soja de alguns municípios goianos. Essa situação, porém, não deve gerar até o momento impactos significativos na produção da oleaginosa, avalia a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO). m4y58
"É importante salientar que não tivemos uma falta geral de chuvas, mas sim uma irregularidade maior e volumes menores que no início da safra, com chuvas ocorrendo de forma bastante esparsa", esclarece o consultor técnico da Aprosoja-GO, Cristiano Palavro. "Portanto, enquanto algumas lavouras estão ainda em condições excelentes, outras tiveram problemas mais graves."
De forma geral, as previsões climáticas indicam o retorno de chuvas regulares e mais bem distribuídas nas áreas produtoras nesta semana, o que deve limitar efeitos negativos no desenvolvimento das plantações. Volumes maiores são previstos no Centro-Sul goiano.
Ferrugem asiática
Apesar dos poucos relatos de ataques agravados de doenças e pragas até o momento, o primeiro foco de ferrugem asiática desta safra foi identificado em uma área comercial da Universidade Federal de Goiás (UFG) no município de Jataí. Em Rio Verde, também na região Sudoeste, o laboratório de Fitopatologia do Sindicato Rural não encontrou amostras positivas para o fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem, nas mais de 1.100 folhas já analisadas.
Mesmo assim, o caso confirmado em Jataí indica que a doença está presente em lavouras do Estado, o que acende o alerta. "A recomendação é que o produtor rural não retarde e não estenda os intervalos entre as aplicações de fungicidas", explica o fitopatologista Hércules Campos, do Sindicato Rural de Rio Verde. Outra dica importante é utilizar produtos que contenham dois ou mais princípios ativos na formulação, pois apresentam maior eficácia no controle da ferrugem.
Colheita e comercialização
Nas localidades de pivô central que iniciaram o plantio no começo de outubro, com variedades de soja mais precoces, já é possível encontrar colheitadeiras no campo. No entanto, na maioria das áreas, as plantas estão na fase de enchimento de grãos, algumas encaminhando para a maturação final, afirma o consultor técnico da Aprosoja-GO. Assim, o pico da colheita de soja em Goiás é esperado para a segunda dezena de fevereiro.
Enquanto as lavouras se desenvolvem, os preços da soja recuaram no mercado interno. A valorização do real nas últimas semanas levou as cotações para abaixo dos R$ 70,00 observados no mês ado. Ademais, a elevada oferta internacional da oleaginosa pesou sobre as cotações na Bolsa de Chicago, o que se reflete por aqui. "Este momento de preços menores pode ser ageiro, pois são esperados aumentos no dólar durante o ano, em função principalmente da expectativa de elevação na taxa de juros americana e a contínua instabilidade na política e economia nacional", avalia Palavro.
Por sua vez, o mercado disponível de milho segue se acomodando ao redor do R$ 30,00 por saca. Já os valores para a safrinha continuam em queda – muitos produtores estão relatando preços nada remuneradores, em torno de R$ 20,00 a saca. Na análise da Aprosoja-GO, esse cenário pode afugentar investimentos mais robustos na segunda safra, com possibilidade de afetar a evolução da área plantada do cereal a partir do final deste mês.
Confira também a entrevista com o Assessor Técnico da FAEG, Cristiano Palavro, ao Notícias Agrícolas:
0 comentário 52272

Com prêmios renovando a máxima e dólar em queda, preços da soja ao produtor pouco mudam no BR em semana fraca de negócios

Vendas de soja do Brasil atingem 64% da safra 2024/25, aponta Safras

Famato alerta produtores para início do vazio sanitário no próximo domingo

Famato alerta produtores para início do banheiro sanitário no próximo domingo

Soja realiza lucros em Chicago nesta 6ª após ganhos da sessão anterior e segue se ajustando antes do USDA

Soja fecha em alta na Bolsa de Chicago em 5ª feira de conversa entre Donald Trump e Xi Jinping