Ibovespa mostra fraqueza com exterior desfavorável 194138
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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa mostrava fraqueza nesta segunda-feira, em meio a um ambiente externo mais negativo, com queda dos índices acionários em Wall Street após a Moody's reduzir a nota de crédito dos Estados Unidos e recuo dos preços do petróleo e do minério de ferro na esteira de dados da China.
Às 10h37, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,2%, a 138.912,03 pontos. A fraqueza ocorre após seis altas semanais, em que o Ibovespa acumulou uma valorização de 8,59%, tendo renovado máximas históricas no período.
O volume financeiro nesta segunda-feira era de R$1,9 bilhão.
De acordo com analistas do BB Investimento, o rompimento de resistências históricas pelo Ibovespa e o comportamento das médias são consistentes com a continuidade da tendência de alta, mas a figura gráfica do último pregão e o IFR em zona de sobrecompra sugerem uma correção técnica.
"Ainda que dentro da tendência principal de alta", afirmaram em relatório de análise técnica semanal do índice, acrescentando que, em alta, o Ibovespa deve perseguir a barreira dos 140 mil pontos. E caso corrija a rota, estimaram, o topo anterior de 137,6 mil operará como primeira linha de e.
Em Nova York, o S&P 500 cedia 0,82%, ainda reverberando decisão de sexta-feira da agência Moody's de cortar a classificação de crédito dos EUA de "Aaa" para "Aa1", citando dívida e juros crescentes, "que são significativamente mais altos do que os de soberanos com classificação semelhante".
"A notícia pressiona os mercados após uma semana positiva, em que os índices celebraram o acordo tarifário temporário entre EUA e China", afirmou a equipe da XP no relatório "Morning Call" desta segunda-feira.
O noticiário externo também mostrou que a produção industrial na China cresceu 6,1% em abril ante o mesmo período do ano anterior, mostraram dados da agência nacional de estatísticas, desacelerando em relação aos 7,7% de março, embora acima da previsão de aumento de 5,5% em uma pesquisa da Reuters.
As vendas no varejo subiram 5,1% em abril, abaixo da alta de 5,9% em março e da previsão de expansão de 5,5%.
No Brasil, IBC-Br, calculado pelo Banco Central e considerado um sinalizador do PIB, avançou em março 0,8%, em dado dessazonalizado, acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,5%, e mostrou aceleração em relação à alta de 0,5% registrada em fevereiro após revisão.
DESTAQUES
- VALE ON recuava 0,59%, acompanhando o comportamento dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com queda de 0,89%, a 722,5 iuans (US$100,15) a tonelada.
- PETROBRAS PN perdia 0,69%, na esteira da queda do petróleo no exterior, onde o barril do Brent cedia 0,29%, a US$ 65,22.
- BANCO DO BRASIL ON caía 1,71%, ainda sob efeito da decepção com os números do primeiro trimestre do banco e preocupações com o desempenho da instituição nos próximos meses. Na sexta-feira, a ação caiu quase 13%. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN subia 0,79%, BRADESCO PN mostrava acréscimo de 0,78%,
- MARFRIG ON perdia 3,83%, após fechar com um salto de 21,35% no último pregão, em meio ao anúncio de que pretende incorporar a BRF. BRF ON caía 0,96%, tendo ainda no radar a suspensão de importações de carne de frango do Brasil por vários países após caso de gripe aviária.
- MOTIVA ON cedia 0,59%. A companhia anunciou a contratação de Lazard e Itaú Unibanco como assessores financeiros para avaliar uma possível transação envolvendo seus ativos aeroportuários. A empresa disse que um processo competitivo está em andamento.
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