Em agosto BC definirá necessidade de alterar ritmo de ajuste necessário, diz Serra 3m171u
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BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central já indicou intenção de promover outro aumento de 0,75 ponto percentual na taxa Selic em junho, se as condições permitirem, mas daí para frente "não tem nenhuma sinalização", disse nesta sexta-feira o diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra, destacando que não é possível antecipar se o ritmo de aperto será mantido na reunião do Comitê de Política Monetária de agosto.
"Sinalizar que, dado o cenário básico, o ajuste é parcial é o máximo que a gente consegue sinalizar", disse Serra durante webinar do banco Credit Suisse.
"Lá (agosto) a gente vai ter capacidade de decidir se vai ser necessário reduzir ou se vai ser necessário manter o 'pace' (ritmo), ou se vai ser necessário qualquer outra coisa", acrescentou o diretor.
Segundo ele, os juros serão sempre o necessário para entregar a inflação no centro da meta.
O BC elevou a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual pela segunda vez consecutiva no início deste mês, a 3,5%, e anunciou a intenção de promover nova alta da mesma magnitude em sua próxima reunião de política monetária, em junho.
Questionado se não seria importante o BC atuar para evitar uma desancoragem das expectativas de inflação para 2022, a exemplo do que teria acontecido em 2021, Serra afirmou que o compromisso da autoridade monetária com o centro da meta é claro e que, caso o consenso de mercado para a inflação do próximo ano comece a descolar "ainda mais", o BC mudará sua atuação.
"Se ele mudar, o BC vai ter que mudar sua reação, nada de errado nisso", afirmou o diretor, ressaltando que o raciocínio se aplica a outras condicionantes da inflação, como câmbio.
Caso esses condicionantes apontem a necessidade de um ajuste total ou maior do que o total na política monetária, isso será feito, afirmou Serra.
O mercado espera que o IPCA feche o próximo ano em 3,61%, um pouco acima do centro da meta, que é de 3,5%. Para este ano, quando a meta central é de 3,75%, mediana da pesquisa Focus do BC com analistas aponta para uma inflação de 5,06%. Nos dois anos a meta tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.
(Por Isabel Versiani)
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