Empresários têm aval do governo para comprar vacinas, diz Bolsonaro 2q4918
6p475w
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quarta-feira que deu aval para que um grupo de empresários compre, por conta própria, um lote de 33 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 da AstraZeneca para vacinar seus funcionários e doar a metade para o governo brasileiro.
A proposta partiu de um grupo de empresários que, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo, reuniram-se em teleconferência na segunda-feira para definir quem participaria. O grupo Gerdau e a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) estão entre os coordenadores da iniciativa.
"Eu quero deixar bem claro que o governo federal é favorável a esse grupo de empresários para levar avante a sua proposta para trazer vacina para cá a custo zero para o governo federal para imunizar, então, 33 milhões de pessoas", disse Bolsonaro durante uma conferência para investidores organizada pelo Credit Suisse.
"No que puder essa proposta ir à frente, nós estaremos estimulando, porque com 33 milhões de graça aqui no Brasil para nós ajudaria e muito a economia e aqueles que, por ventura, queiram se vacinar --porque a nossa proposta é voluntariado né-- o façam para ficar livre do vírus."
Entre as condições para que o governo apoie a proposta Bolsonaro cobrou nos empresários que não obriguem os funcionários a serem vacinados.
Segundo o presidente, o governo foi procurado na semana ada pelos empresários com a proposta de comprar as 33 milhões de doses e doar a metade, 16,5 milhões, ao governo. O restante seria usado para vacinar os funcionários das empresas que se dispem e entrar no acordo.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, também defendeu a proposta afirmando que a ajuda ao governo será bem-vinda e que não se pode considerar a compra uma questão de "furar-fila".
O governo já enviou uma carta à AstraZeneca dando o aval para a negociação. O laboratório, no entanto, tem tido dificuldades de cumprir contratos já assinados. Ainda não conseguiu entregar à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que irá preparar a vacina no Brasil, os lotes de insumos programados para março e avisou a União Europeia que também não conseguirá cumprir os prazos acertados em contrato para entrega aos países europeus.
O governo brasileiro também negocia a compra de mais 10 milhões de doses prontas do instituto indiano Serum, que está produzindo a vacina da AstraZeneca, mas a previsão de entrega é apenas para o final de fevereiro.
0 comentário 52272

Lula diz que deseja fechar acordo UE-Mercosul neste ano e pede que Macron "abra coração"

Minério de ferro cai à medida que foco se volta para redução da demanda de aço na China

Trump restabelece proibição de viagens aos EUA e barra entrada de cidadãos de 12 países

Guerra comercial é ameaça mais grave do que Covid-19 para BCs de países emergentes, diz FMI

Ibovespa fecha em queda com Petrobras entre maiores pressões

Dólar fecha em leve alta ante o real com mercado de olho em Brasília