Nesta quinta-feira (12), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago fecharam a sessão em campo negativo, registrando baixas de 1,75 a 2,75 pontos entre as posições mais negociadas. O contrato julho/15 fechou o dia cotado a US$ 3,95 por bushel, enquanto o setembro ficou em US$ 4,03. 1n83k
Novamente, o mercado caminhou de lado e registrou um pregão de estabilidade no quadro internacional. Nem mesmo as vendas semanais para exportação divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que ficaram abaixo das expectativas dos traders foram suficientes para pressionar as cotações de forma mais significativa.
As vendas semanais norte-americanas caíram de 828 mil para 417,9 mil toneladas na semana que terminou em cinco de março e o número ficou aquém do esperado pelo mercado, que apostava em 800 mil toneladas. O USDA anunciou ainda a venda de 96,4 mil toneladas da safra 2015/16.
Ainda de acordo com o relatório, as vendas acumuladas na safra 2014/15 somam 36.045,1 milhões de toneladas, contra 45,72 milhões projetadas para todo o ano comercial e 38.164,8 milhões registradas no mesmo período do ano anterior.
As baixas para os preços do milho, por outro lado, foram limitadas pelas chuvas que já começam a atrasar o plantio de variedades precoces em algumas regiões dos Estados Unidos, segundo explica o analista de mercado e editor do site norte-americano Farm Futures, Bob Burgdorfer.
"Os atrasos no plantio no Sul dos EUA podem ser um evento menor agora, mas já anunciam uma mudança sazonal do foco do mercado para o plantio de primavera no país", afirma Burgdorfer.
BM&F e Mercado Interno
Na BM&F, os preços do milho fecharam a sessão desta quinta em campo misto, ainda tentando se manter estável. O contrato março/15 fechou sem variação, valendo R$ 29,60 por saca, o maio/15 recuou 0,20% a R$ 29,34 e o setembro/15 subiu 0,23 para terminar os negócios a R$ 30,10.
As cotações ainda caminham lado a lado com o dólar que, nesta quinta, registrou uma sessão marcada por volatilidade. Os negócios começaram com uma fraqueza da moeda norte-americana - que chegou a perder o patamar dos R$ 3,10 - porém, no início da tarde o mercado mudou de direção e retomou sua valorização, voltando a rondar os R$ 3,17.
Há, ainda, uma elevada apreensão com os impactos dos desdobramentos da Operação Lava-Jato e dos depoimentos da I da Petrobras sobre a já fragilizada situação política e institucional do Brasil e também com as incertezas sobre a continuidade da interferência do Banco Central no andamento do câmbio.
"De maneira geral, o dólar está no meio de um processo de mudança de patamar, em uma trajetória de alta firme. Dá para imaginar um alívio pontual, não uma recuperação consistente", explicou à Reuters o economista-chefe da INVX Global Asset Management, Eduardo Velho.
Assim, o preço do milho no porto de Paranaguá se manteve estável e fechou o dia a R$ 30,00 por saca. Os portos de Santos e Rio Grande não apresentaram indicações de preços. No interior do país, as principais praças de comercialização também mostraram estabilidade, com exceção de Jataí/GO, onde a cotação caiu 2,65% para R$ 21,66/saca e em São Gabriel do Oeste, que apresentou um recuo de 4,55% para R$ 21,00.
Veja como fecharam as cotações do milho nesta quinta-feira:
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