Paraná: Equipes da Adapar reforçam cuidados para evitar gripe aviária no Litoral a45d
A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) estará com equipes especializadas no Litoral durante toda esta semana para monitorar propriedades que têm galinhas para subsistência e acompanhar aves migratórias. O objetivo é reforçar o trabalho de biosseguridade com vistas a evitar surto de gripe aviária. 2f4n64
A decisão é decorrência de vários surtos de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) observados em algumas regiões das Américas, particularmente nos Estados Unidos. Nesse país já causou prejuízo de bilhões de dólares e o aumento no preço dos ovos, além de mortalidade de aves. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aponta que só em janeiro foram infectadas 23 milhões de aves.
“É uma realidade que mais uma vez acende um alerta de preocupação aqui no Brasil e especialmente no Paraná, pois somos o maior produtor e o maior exportador de frangos do País”, disse o chefe do Departamento de Saúde Animal, da Adapar, Rafael Gonçalves Dias. “Temos de reforçar as medidas de biosseguridade das nossas propriedades”.
O reforço na conscientização sobre o problema e na fiscalização em relação aos cuidados sanitários começou pelo Litoral porque é a porta para aves migratórias. Elas têm o potencial de carregar o vírus de outros países até o Brasil. O trabalho com as aves migratórias é feito em parceria com o Centro de Estudos Marinhos, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
“Precisamos reforçar as medidas de vigilância e de prevenção dessa doença, pois pode ter um impacto econômico muito grande no Estado do Paraná”, completou Rafael. Desde que a doença foi confirmada pela primeira vez no Brasil, em 15 de maio de 2023, em uma ave silvestre, o Paraná registrou 13 focos, todos em aves silvestres e prontamente solucionados.
EMERGÊNCIA – Para possibilitar ações rápidas que mantenham em alta a vigilância, o Governo do Estado prorrogou em 25 de janeiro de 2025, pela terceira vez, o decreto de emergência zoossanitária no Paraná. A norma vale por 180 dias.
A influenza aviaria é uma doença com distribuição global e ciclos pandêmicos ao longo dos anos, com sérias consequências para o comércio internacional de produtos avícolas. “Precisamos continuar fazendo todos os esforços para que principalmente não adentre granjas comerciais”, reforçou o chefe do Departamento de Saúde Animal.
PRODUÇÃO – Dados das Estatísticas da Produção Pecuária de 2024, do IBGE, apontam que o Paraná abateu 2,2 bilhões de frangos no ano ado, sendo responsável por 34,2% da produção nacional. Em relação à produção de carne, saíram do Paraná 4,756 milhões de toneladas.
Em volume de exportação de carne de frango, o Paraná também mantém o topo. Em 2024 foram enviadas pouco mais de 2,171 milhões de toneladas aos países parceiros comerciais. O Estado arrecadou US$ 4 bilhões.
0 comentário 52272

Caso de gripe aviária é confirmado em ave no Zoológico de Brasília

Jordânia e Kuwait reduzem restrições à carne de frango brasileira; embargo segue apenas para o Rio Grande do Sul

Mercado do frango registra quedas pontuais nesta 3ª feira

Mercado dos suínos inicia junho com preços firmes, enquanto segue atento ao consumo e aos custos de produção

Testes para gripe aviária em granja comercial em Anta Gorda dão negativo, aponta ministério

Frango: preços cedem nesta sexta-feira (30)