Clima adverso em regiões-chave de produção no mundo todo puxam preços do milho em Chicago e na B3 271g1c
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Os mercados do milho registraram mais um dia positivo nas bolsas, tanto nos EUA, quanto aqui no Brasil. Na Bolsa de Chicago, o pregão desta quarta-feira (21) foi positivo, com os futuros do cereal encerrando o dia com altas de pouco mais de 6 pontos nas posições mais negociadas, levando o julho a US$ 4,59 e o setembro a US$ 4,42 por bushel.
"Os especuladores parecem estar recuando de uma série de apostas pessimistas acumuladas no início deste mês, e novas coberturas de posições vendidas podem impulsionar os preços no restante da semana, embora o comércio possa começar a diminuir antes do feriado prolongado de três dias', afirma o editor sênior de commodities do portal Farm Futures, Bruce Blythe.
Na CBOT, as cotações se recuperam já há algumas sessões, depois de terem testado suas mínimas em cinco meses.
Além disso, os mercados estão também atentos ao clima em regiões importantes de produção neste momento. "Há risco de geada aqui no Brasil, tempestade nos EUA - que pode até reduzir área plantada por lá, já que o produtor pode pedir o seguro pelo risco do plantio - e também a Argentina, com as enchentes do final de semana", explicou o analista de mercado e diretor da Royal Rural, Ronaldo Fernandes.
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Para o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, os ganhos em Chicago se dão de forma sustentável e o contrato setembro poderia, inclusive, buscar os US$ 4,50, voltando a dar base a este vencimento que é um dos mais importantes neste momento.
"Com o fundamento trigo, podendo voltar a bater nos US$ 7,00 para o ano que vem (na Bolsa de Chicago), o milho pode voltar a bater os US$ 5,00 porque o ambiente das commodities agrícolas melhorou muito nesta semana em cima desta condição de clima, muita chuvas nos EUA. Teve uma boa parte do milho que estourou a janela ideal de plantio, que seria o 20 de maio. Essas inundações na Argentina pegando uma parte das safras também é ruim e essas geadas que ocorreram no Leste Europeu também pegaram lavouras de milho então, automaticamente, o ambiente do milho de Chicago também se mostra mais favorável e está trazendo reflexos internos", detalha.
PREÇOS DISPARAM NA B3
Os futuros do milho negociados na B3, nesta quarta-feira, dispararam e chegaram e fechar o dia com mais de 3% de alta em alguns contratos. O setembro foi a R$ 66,30, com alta de 3,13%. O janeiro foi a R$ 72,00, com ganho de 2,32%.
Os preços, assim como na Bolsa de Chicago, refletiram as preocupações com o clima em diversas regiões, principalmente frente a possiblidades de geada no Centro-Sul do Brasil. E nesta semana, estas novas informações - em especial sobre as condições de clima - atuam como um combustível importante às cotações, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
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"A questão da demanda maior que a produção já era absorvida. E o mercado não tinha notícias novas, e essa semana temos tido notícias novas e positivas. Notícia nova é muita chuva no Meio-Oeste americano segurando o plantio, temperaturas baixas, chuvas na Argentina e muito milho embaixo d'água e geadas no Leste Europeu", diz.
Assim, esse fortalecimento não se deu só sobre os preços nas bolsas, mas também nos portos brasileiros nesta semana, ainda segundo Brandalizze.
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