Milho explode e registra altas de mais de 1% na B3 nesta 4ª feira, se ajustando após perdas 6a5js
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Os preços do milho explodiram na abertura dos negócios desta quarta-feira (21) na B3. Entre os contratos mais negociados, as altas expressivas variavam de 1,46% a 2,27%, levando o julho a R$ 63,99 e o setembro a R$ 65,75 por saca. No janeiro, eram R$ 71,40 na manhã de hoje.
"A B3 vem corrigindo estes dias porque foi precificada uma baixa, na minha opinião, exagerada para o momento. Acima de tudo, tivemos portos subindo e também uma correção técnica. Ele estava totalmente descorrelacionado de uma realidade do momento. E aliado a isso, tivemos altas em Chicago, carregadas pelo trigo", explica o diretor da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael.
Outro ponto de atenção, de acordo com o especialista, é o indicador Esalq/Cepea apontando também níveis ainda elevados. "O indicador, que é o direcionador do contrato, está além do físico. Ele está mostrando um número de R$ 72,59, vem baixando muito pouco, e o físico está entre R$ 70,00 e R$ 71,00. Então, está atrasado alguma coisa ao reode de R$ 2,00. Como o Cepea não caiu, o mercado começou a voltar no exagero da precificação que ele tinha feito na descida do preço", complementa.
O clima também traz preocupações para o mercado não só para o Brasil, mas em outros países produtores importantes, como explica o diretor e analista de mercado da Royal Rural, Ronaldo Fernandes.
"Há risco de geada aqui no Brasil, tempestade nos EUA - que pode até reduzir área plantada por lá, já que o produtor pode pedir o seguro pelo risco do plantio - e também a Argentina, com as enchentes do final de semana", diz.
E os preços do cereal sobem forte no mercado futuro brasileiro, apesar das preocupações em torno das notícias sobre o caso de gripe aviária em uma granja comercial do Rio Grande do Sul, confirmado na última semana, e das perspectivas de uma oferta grande vinda da segunda safra. Embora as condições de clima preocupem agora, o mercado ainda trabalha com projeções de uma safrinha de perto de 100 milhões de toneladas.
Além disso, nesta quarta-feira o dólar cai timidamente frente ao real e também poderia exercer alguma pressão sobre os futuros do milho, o que também não é considerado pelo mercado neste momento.
BOLSA DE CHICAGO
As altas na B3 têm influência positiva também do avanço das cotações do milho na Bolsa de Chicago. Os preços têm subido de ontem - quando registraram altas de mais de 1% - e, por volta de 10h30 (horário de Brasília), os ganhos variavam de 0,25 a 2,25 pontos, com o julho valendo US$ 4,54 e o setembro com US$ 4,37 por bushel.
Na CBOT, as cotações se recuperam já há algumas sessões, depois de terem testado suas mínimas em cinco meses.
"Os especuladores parecem estar recuando de uma série de apostas pessimistas acumuladas no início deste mês, e novas coberturas de posições vendidas podem impulsionar os preços no restante da semana, embora o comércio possa começar a diminuir antes do feriado prolongado de três dias', afirma o editor sênior de commodities do portal Farm Futures, Bruce Blythe.
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