Suinocultura paulista tem competitividade ameaçada com decreto do ICMS 331d1w
Desde o início de janeiro os suinocultores paulistas am por situação dramática, devido à menor demanda no mercado interno e custos de produção em alta, fazendo com que muitos trabalhem no prejuízo. A questão se agrava agora com o decreto do governador do Estado de São Paulo, João Doria, sobre a nova modalidade do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).
Leia Mais:
+ Preço do suíno vivo em São Paulo caiu 30% em 60 dias; produtor trabalha no prejuízo
Com o decreto, que afeta diretamente o agronegócio paulista, o setor de carnes também é incluído, e os principais impactos, de acordo com o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, são para os frigoríficos e a cadeia de distribuição (atacado e varejo). Entretanto, a ponta produtora e a consumidora também serão indiretamente abalados pela majoração do imposto.
Conforme comunicado da APCS, antes de 15/1/21 os frigoríficos de São Paulo tinham débito de 7% na venda para qualquer cliente e como recebiam 7% de crédito outorgado sobre a venda, o imposto a recolher ficava zerado. Após esta data, os frigoríficos paulistas continuaram com o débito de 7% na venda para clientes do regime normal e 13,3% sobre o regime do simples e o crédito outorgado sobre a venda ou para 5,6%. Nesse caso para empresas do regime normal (RPA) o valor de imposto para os frigoríficos paulistas ficou em 1,4% sobre o faturamento e para empresas do SIMPLES ficou em 7,7%.
Como consequência desta questão, Ferreira aponta que o suíno criado em São Paulo deve perder a competitividade frente aos animais que vêm da região sul e centro-oeste do País, onde os Estados produtores não estão apssando por esta situação de majoração no imposto.
"São Paulo consome, anualmente, entre 850 a 900 mil toneladas de carne suína, sendo que deste total, cerca de 250 mil toneladas são produzidas dentro do Estado, e o restante, vem de outras regiões. Sendo assim, para o frigorífico comprar o animal fora vai ficar mais competitivo", explica o presidente da APCS.
Outra consequência é o aumento do custo operacional dos frigoríficos paulistas, que pode gerar demisões em massa. "Não é hora de se aumentar impostos, principalmente para o setor de produção de alimentos. Estamos ando por um momento de incerteza, de baixo consumo e isso vai agravar a situação", disse.
1 comentário 736u6g

Testes de gripe aviária em granja comercial no RS dão negativo, diz governo gaúcho

Diretoria atual da Unifrango é reeleita para mais três anos de gestão

Gripe aviária: Brasil precisa de resposta ágil, diplomacia técnica e maior rastreabilidade para reverter embargos, alerta especialista

Preço do frango tem queda de mais de 15% com excedente de oferta e impactos da gripe aviária

Exportações de frango seguem sob embargo após caso de gripe aviária no RS

Fávaro quer discussão sobre vacinação contra gripe aviária sem restrição de mercados
Osler Desouzart Sao Paulo - SP 26/01/2021 14:39 3c383r
Perfeito absurdo ("Suinocultura paulista tem competitividade ameaçada com decreto do ICMS")... mormente quando estamos diante de um quadro de recessão econômica e uma situação sem precedentes na história da humanidade.... Ou é descaso ou é má intenção, porque supera a proverbial estultice da classe política.