Dólar cai nesta quarta-feira (2) ante real com expectativa que Temer retome reformas 9q1s
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Por Claudia Violante e Bruno Federowski
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar encerrou a quarta-feira com leve baixa ante o real, após sinais de que o presidente Michel Temer conseguirá barrar a denúncia por corrupção com boa vantagem na Câmara dos Deputados, trazendo mais confiança aos investidores de que as reformas econômicas devem voltar à pauta.
O dólar recuou 0,20 por cento, a 3,1197 reais na venda, depois de bater a mínima de 3,1141 reais na sessão. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,25 por cento no final da tarde.
"Que a denúncia seria barrada, já estava no preço. Agora, parece que vai ser muito rápido e com um bom placar. Isso é boa notícia para as reformas", disse o operador da corretora BGC Liquidez José Alexis Braga.
Isso porque o governo não só conseguiu rapidamente reunir quórum para dar início à votação, como também conseguiu aprovar, com 292 votos, requerimento para encerrar as discussões, abrindo efetivamente o caminho para votar a denúncia, que ainda estava em andamento.
Os deputados vão decidir se permitem, ou não, o Supremo Tribunal Federal (STF) dar andamento à denúncia contra Temer, gerada após delações de executivos do grupo J&F.
A expectativa dos investidores já era de esse processo seria barrado pelos parlamentares. Se Temer conseguir mostrar mais força política para barrar a denúncia, a expectativa é de que ele se volte para as reformas, com destaque para a da Previdência, que ajudará no controle das contas públicas.
Em linha com esse cenário, o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB), afirmou nesta tarde que o governo buscará retomar a agenda econômica, com foco na reforma da Previdência e na simplificação tributária, após a esperada rejeição da denúncia contra Temer.
Mas as tensões no mercado podem não desaparecer totalmente porque outras denúncias contra o presidente devem vir, já que Temer também é investigado por crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa.
"Os investidores estarão atentos ao placar de votos, que servirá de termômetro para a agenda de reformas do governo", afirmou mais cedo o analista de câmbio da Correparti Corretora, Guilherme França Esquelbek.
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