Ampliação de 8% na oferta de aves diante de uma demanda ainda travada, faz preços do frango recuarem 15% em janeiro 733x17
As cotações do frango vivo vêm sofrendo forte pressão neste início de ano. A consequência é reflexo de uma série de fatores que influenciam o mercado neste momento.
O presidente da APA (Associação Paulista de Avicultura), Érico Pozzer, explica que houve, em dezembro, um crescimento de 8% a 10% no alojamento de pintos, mesmo sem perspectivas de melhora na demanda.
"O problema principal é que a cadeia avícola do país são estruturas feitas para crescer. Então como houve uma redução de alojamento em 2016, em torno de 8%, houve esse reajuste, pois essas estruturas carecem de volume, escalas", ressalta Pozzer.
Aliado a isso, o setor vive um momento de demanda fragilizada no mercado interno e exportações abaixo da expectativa neste início de ano. Também há, neste momento, uma liquidação de aves natalinas que colabora com a pressão nas cotações do vivo.
"As festividades de natal e ano novo apresentaram volume de vendas fracas para todos os abatedouros, e agora em janeiro a população está descapitalizada, reduzindo o consumo", lembra o presidente.
Segundo ele, em novembro, os produtores chegaram a comercializar a ave inteira a R$ 4,50/kg, atualmente a cotação é de R$ 3,70/kg.
Mas, a Associação diz acreditar em recuperação dos preços a partir de março em função de uma expectativa de crescimento nas vendas externas.
Países exportadores estão enfrentando dificuldades de comercialização por conta da Influenza Aviária. "Algumas indústrias já relatam aumento de consultas para determinados produtos nos últimos dias", diz Pozzer.
No entanto, esse aumento ainda não ocorre na prática. Dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, na segunda (23), mostram que até a terceira semana de janeiro (cinco dias úteis) os embarques de carne de frango 'in natura' apresentaram queda na comparação com o mês e ano anterior.
No acumulado do período foram embarcado 200 mil toneladas, sendo a média diária de 13,4 mil/t. Esse resultado representa um recuo de 10% na comparação com dezembro/16 e 6,6% na relação com o igual período de ano ado.
Além das exportações, o setor espera um arrefecimento nos custos de produção, especialmente pela redução nas cotações do milho, que no ano ado foi o grande vilão da cadeia de granjeiros.
"Chegamos a pagar R$ 50 na saca e hoje conseguimos adquirir o cereal a R$ 32/sc na região de Campinas (SP)", lembra Pozzer. Segundo ele, no período da safra - caso as projeções de super safra se confirmem - a saca do milho poderá ficar abaixo dos R$ 30.
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