Milho: B3 sente falta de nova demanda no começo do ano e segue com pressão negativa 253k36

Publicado em 20/01/2023 10:55 e atualizado em 20/01/2023 11:47
Germinar Corretora aponta 2023 instável e com muitos fatores capazes de influenciar o mercado
Roberto Carlos Rafael - Germinar Corretora

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O ano de 2023 começou com as cotações futuras do milho recuando na Bolsa Brasileira (B3). Dos 14 pregões já encerrados neste ano, em 11 a maior parte das cotações encerraram no vermelho e nos 3 dias de maioria altista, pelo menos uma das principais posições finalizou em queda. 

Segundo o analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, a baixa na demanda em dezembro e janeiro explicam essa tendência de recuos nas cotações futuras do milho no Brasil. 

Ele explica que, apesar de números recordes nas exportações de dezembro e nas duas primeiras semanas de janeiro, esses já eram volumes contratados desde o início de dezembro e que não há registros de novos negócios acontecendo, exceto algumas negociações pontuais. 

De qualquer forma, as exportações devem seguir sendo balizadoras dos preços no país. De fevereiro de 2022 a dezembro de 2022, foram embarcadas 41,8 milhões de toneladas de milho, o que somadas as 2,9 milhões do começo de janeiro e as 4,2 milhões do line-up contratado, encerraria o ano agrícola em 31 de janeiro com mais de 48 milhões de toneladas exportadas. 

Rafael destaca o papel da China nessa demanda para exportação, já que, mesmo chegando na reta final do ano, os asiáticos foram responsáveis por comprar 2,8 milhões de toneladas já em 2022 e devem aumentar os pedidos para 2023, ano que os chineses devem importar, ao todo, 18 milhões de toneladas. 

Outro ponto ressaltado pelo analista é que 2023 deverá ser um ano de muita incerteza no mercado de milho, com diversos fatores influenciando as cotações. Entre os principais, Rafael cita o tamanho da produção brasileira, as exportações, safra dos Estados Unidos e dólar muito volátil. 

Confira a íntegra da entrevista com o analista da Germinar Corretora no vídeo. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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