Levantamento aponta recuo na demanda por ração a partir do segundo trimestre de 2016. Crescimento de 3% no ano deve ser revisto 586q1o

Publicado em 17/06/2016 13:05
Decisão de reduzir alojamentos justifica menor demanda por ração. Com a persistência de um consumo fraco no mercado interno, 2016 pode encerrar sem crescimento para o setor de rações

A produção de ração deve ficar estável neste ano, após dificuldade no abastecimento de milho e a crise econômica que afetou a cadeia de proteína animal. No ano ado, o Brasil produziu 68,7 milhões de toneladas de ração e sal mineral. 4p1g1s

No levantamento inicial da Sindirações (Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal) a projeção era de crescimento na ordem de 3% para 2016. Contudo, a expectativa de retração na demanda por ração no segundo trimestre fez o sindicato rever as projeções.

Baseado nas projeções de exportação de carnes e no consumo doméstico, "observou-se um reajuste no mercado local com redução nas compras da população brasileira e, retração na produção das proteínas", ressalta o presidente da Sindirações.

No primeiro trimestre houve uma expectativa de aumento na procura por ração, especialmente do setor de aves e suínos, já que há uma tendência de substituição pela carne bovina em períodos de crise.

Porém, a alta expressiva nos preços do milho e farelo de soja causou reajuste na produção de granjeiros, pecuária de corte e leiteira.

"Há muita dificuldade em rear os custos ao preço final do produto, porque o consumidor brasileiro está descapitalizado", destaca Zani.

Afetada por problemas climáticos no país, a safra de milho, principal insumo da ração, foi reduzida fortemente, elevando os preços para patamares recordes. Enquanto a produção de soja também sofreu alguns efeitos do tempo seco.

Além disso, o forte embarque do cereal em 2015 e 2016 também colaborou para a escassez no mercado interno. Neste sentido, Zani destaque é que necessário desenvolver uma política pública que integre as cadeias, "temos encontrar um ponto de equilíbrio para não tenhamos que conviver com esse ciclo de alta e baixa entre agricultura e pecuária".

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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