Cafeicultor deve considerar média de preços da safra para comparar com custo de produção 5c1n1d

Publicado em 20/03/2015 13:00
Cafeicultor deve considerar média de preços da safra para comparar custo de produção. Considerar cotação atual para confrontar com custos pode induzir ao erro, já que nem sempre é possível vender o café pelo melhor preço
Os preços do café no mercado interno estão em torno de R$ 500,00 para o café fino e o café de qualidade inferior a R$ 330,00 a saca. No entanto,  Otto Vilas Boas, assessor comercial de café explica que é preciso levar em consideração a média na qual o produtor comercializa seus produtos.
 
"Se 60% da produção o produtor conseguir vender a R$ 500,00, e os outros 40% a R$ 300,00 ele terá R$ 400,00 na média. E custo de produção hoje é acima de R$ 400,00 reais", considera Otto.
 
Essas variações acontecem porque a safra de café muitas vezes não garantem a mesma qualidade em todo a produtividade, por isso o café pode ser vendido a preços diferentes. Anos com irregularidades climatícas, por exemplo, prejudicam a qualidade do café.
 
Segundo Otto, para garantir melhor remuneração ao produtor o governo deveria tomar medidas de correção sob o preço minimo, que hoje é praticado a R$ 307,00 por saca, contudo "deveria ser R$ 380,00 a R$ 384,00", explica.
 
No entanto, a média do custo de produção para as regiões do sul de minas já alcançaram os R$ 400,00, dessa forma o produtor não consegue margens em cima do valor mínimo.
 
Para ele, a bebida fina pode ser comercializada até o final do ano a R$ 600,00 reais a saca, caso o dólar não se altere significativamente. Mesmo assim, esses valores não devem comprometer o mercado tendo em vista que a produção não é comercializada em sua totalidade nos melhores preços.
 
Nesse cenário é importante que os produtores invistam em tecnologias para aumentar os níveis de produtividade e qualidade.
 
No mercado internacional foram sinalizadas algumas reações nas últimas semana, e segundo Otto há potencial para novas altas, apesar de alguns analistas acreditam que o dólar alto pode ser um limitador dos preços, e o fim do inverno no hemisfério deve reduzir a demanda.
 
"O que acontece é que alguns países não estão estocados com café para atender a demanda, com isso a oferta pode ser menor que a necessidade do mercado e elevar os preços", ressalta.

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Por: Aleksander Horta // Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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