Analista alerta que 2016 começa com incertezas sobre demanda interna e possível pressão da oferta com animais remanescentes de 2015 465u5b

Com cenário de consumo interno abaixo do esperado, alongamento das escalas de abate e queda no ritmo das exportações, o mercado do boi gordo segue pressionado em dezembro. 173y29

Ao longo do ano as indústrias foram ajustando suas capacidades produtivas à menor demanda interna, com isso, a necessidade de compra dos frigoríficos e a competição pelo boi reduziu significativamente, possibilitando o movimento de pressão que ocorre neste final do ano.

De acordo com a consultora da Agrifatto, Lygia Pimentel, "na média da maioria dos anos, dezembro não costuma ser o mês de preço mais alto por conta de uma oferta um pouco melhor, então as escalas estão um pouco mais longas com alguns frigoríficos praticamente com o ano já terminado", explica.

Do lado da demanda, mesmo no período festivo de final de ano, o consumo interno está abaixo do registrado em outros anos, e tem sido mais um fator de pressão nas cotações. "Infelizmente isso se une com o momento das exportações, as vendas externas tem um viés muito positivo, mas não para o custo prazo. Sazonalmente é momento dos compradores internacionais colocarem o pé no freio", ressalta Pimentel.

Diante desse cenário a consultora considera que devemos ter um mercado estável nos próximos dias, com pressão de baixa, devido o alongamento das escalas. Para os primeiros meses de 2016, a expectativa é de maior participação na oferta de animais a pasto que conseqüentemente reforçaria o movimento baixista de dezembro.

"Outra questão importante é que neste ano tivemos 9,5% de queda no volume de animais abatidos, então acredito que alguma coisa do que deveria ser abatido em 2015 tenha ficado para trás, por isso essa redução pode ter reflexo no próximo ano", alerta a consultora afirmando que essa oferta pode começar a entrar a partir de fevereiro.

Segundo ela, os preços do boi gordo no período da safra 2016 devem ficar entre R$ 148,00 a R$ 150,00/@ já para a entressafra as projeções apontam cotações acima dos R$ 150,00 a arroba.