Milho se destaca entre baixa geral das agrícolas e fecha 5ª feira estável na Bolsa de Chicago 531e1v

Publicado em 03/04/2025 18:11
Na B3, além do tarifaço, queda forte do dólar pesou sobre os futuros do cereal

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Em um dia de muita tensão para todos os mercados agrícolas, com baixa generalizada entre as commodities, o milho se destacou e conseguiu terminar o dia em campo misto na Bolsa de Chicago, testando ligeiras variações entre os contratos mais negociados. O maio terminou o dia com US$ 4,57, caindo 0,25 ponto, enquanto o o julho foi a US$ 4,65, com uma pequena alta de 0,25 ponto. 

Segundo explicou o time da Agrinvest Commodities, o mercado encontrou e nas expectativas positivas com as exportações americanas para México e Canadá. Nesta quinta, o mercado recebeu bons números das vendas semanais para exportação do cereal pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), de 1,173 milhão de toneladas - ficando dentro das expectativas do mercado - o que ajudou na limitação das perdas, que chegaram a ar de 1% ao longo do dia. 

Ainda assim, as incertezas promovidas pelas tarifas anunciadas por Donald Trump seguem presentes no mercado, e chegam para deixar o mercado ainda mais em alerta sobre a nova safra dos Estados Unidos, com sinalização de um aumento de área na ordem de 5% para a nova temporada. 

B3

Na B3, os preços chegaram a trabalhar em alta durante o dia, diante da expectativa de uma demanda maior pelo milho do Brasil por conta das tarifas de Trump, mas voltou a perder força e encerrou os negócios com baixas de mais de 1%. Assim, o maio fecha o pregão com R$ 76,67 e o setembro com R$ 70,90 por saca. 

O dólar em queda ajudou a acelerar as perdas no mercado futuro brasileiro. "O milho dos EUA segue mais barato até junho/julho, mas a continuidade disso dependerá da reação dos países importadores e das tarifas", afirma a Agrinvest. A moeda americana terminou o dia com R$ 5,63 e baixa de 1,63%. 

No paralelo, o mercado do milho permanece muito atento ao clima para a safrinha, com condições melhorando para algumas regiões-chave de produção, mas ainda atento a outras em que as chuvas se fazem necessárias de forma mais regular para garantir o desenvolvimento adequado das lavouras. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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