Webinar da Faesc aborda mercado de carnes e situação econômica global 512f53

O evento contou com palestra do especialista Fernando Iglesias, queiniciou sua explanação falando sobre a atual situação econômica. De acordo com ele, os Bancos Centrais ao redor do mundo adotam uma postura mais comedida em relação à inflação, monitorando os números para agir se necessário. “O fed já sinaliza para cortes da taxa básica de juros no decorrer do ano e a expectativa do mercado é que o corte comece em novembro”, pontuou.

Iglesias prosseguiu realçando que, apesar das instabilidades, o mercado aparenta ter assimilado toda a questão envolvendo os conflitos no mar negro e no Oriente Médio. “A economia chinesa está desacelerando e o Governo adota medidas para estimular o consumo, a China segue tentando reaquecer sua atividade econômica via crédito barato e a situação fiscal brasileira pesa sobre a realidade cambial”.

Sobre a situação do mercado doméstico, o especialista comentou que julho apresentou alta dos preços, no entanto, o quadro é de menor espaço para a alta no curto prazo. Também frisou que até a região norte a a conviver com redução de oferta de animais para o abate, além de afirmar que a suinocultura e a avicultura tiveram um mês positivo com preços interessantes de carnes no atacado. “A primeira quinzena foi de preços em alta com uma segunda quinzena mais fraca. As exportações seguem agressivas, ajudando no escoamento de uma grande produção de carne”.

O Programa Leite Bom, de acordo com o palestrante, chamou a atenção por gerar otimismo para a pecuária no estado. “A nutrição animal ainda exige estratégia por parte dos avicultores/suinocultores e confinadores”. 

Outro assunto em destaque foi sobre a Doença de Newcastle. “O Brasil convive com o caso de Newcastle que resultou em turbulências nas exportações de carnes de frango e, apesar de seguir à risca o protocolo sanitário firmado junto à OMSA, o Brasil optou pelo auto embargo”.

Iglesias salientou, ainda, que na maioria dos casos o fechamento acontece em regime estadual, ou seja, apenas os embarques do RS foram suspensos. “No caso da China, todo o Brasil teve suas exportações suspensas preventivamente. O país acelera o o para restaurar o fluxo normal da exportação para que prejuízos maiores não aconteçam”, ressaltou ao palestrante. 

O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, agradeceu a participação dos produtores rurais, dos dirigentes sindicais, técnicos e especialistas do setor e reconheceu mais uma vez o quanto essas iniciativas têm sido importantes para o acompanhamento do cenário e das perspectivas de mercado. “Eventos como esse são indispensáveis para que os produtores possam planejar suas atividades de forma mais eficiente e competitiva”.

Também reforçou, mais uma vez, a importância da parceria para trazer informações mercadológicas para o planejamento estratégico da produção e venda das safras pelos produtores e empresários rurais. "Ao longo dos dois anos desse trabalho em cooperação com a Safras & Mercado, os eventos têm representado ferramentas imprescindíveis para o agronegócio catarinense. As palestras com especialistas renomados fornecem subsídios sobre os mercados nacionais e internacionais, o que é essencial para decisões mais assertivas, otimização da produção e melhores resultados", concluiu Pedrozo.

As webinars são gratuitas e abertas ao público (Sindicatos, lideranças, produtores, técnicos e demais interessados). Para participar basta ar o site https://sistemafaesc.com.br/ e preencher um breve cadastro.

O cronograma, ainda, prevê as seguintes webinars:

·“Cenário de oferta e demanda global, perspectivas de mercado do milho/soja”, no dia 27 de agosto, com Paulo Molinari;

·“Cenário de oferta e demanda global, perspectivas de mercado do arroz”, no dia 30 de setembro, com Evandro da Silva Oliveira;

·“Cenário de oferta e demanda global, perspectivas de mercado do boi”, no dia 28 de outubro, com Fernando Iglesias;

·“Cenário de oferta e demanda global, perspectivas de mercado do arroz”, no dia 25 de novembro, com Evandro da Silva Oliveira;

·“Cenário de oferta e demanda global, perspectivas de mercado/milho e soja”, no dia 17 de dezembro, com Paulo Molinari.