Café tem segundo dia de pressão e Nova York vai abaixo de 210 cents/lbp 3w2d3t

Publicado em 12/07/2022 17:23
Queda puxada por baixa no petróleo e alta do dólar, resultou em mais de 700 pontos de baixas para o arábica

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O mercado futuro do café arábica teve mais um dia de intensa desvalorização sob pressão do financeiro e as principais referências encerraram o dia abaixo de 210 cents/lbp na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Setembro/22 teve queda de 790 pontos, negociado por 205,35 cents/lbp, dezembro/22 teve baixa de 785 pontos, cotado por 202,75 cents/lbp, dezembro/22 registrou queda de 765 pontos, cotado por 200,20 cents/lbp e março/23 teve queda de 760 pontos, valendo 198,65 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também encerrou com desvalorização. Setembro/22 teve queda de US$ 12 por tonelada, valendo US$ 1954, novembro/22 teve baixa de US$ 12 por tonelada, negociado por US$ 1951, janeiro/23 teve queda de US$ 12 por tonelada, valendo US$ 1944 e março/23 teve baixa de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 1938. 

A queda do dia foi puxada pela desvalorização do petróleo, que recuou mais de 8% nesta terça-feira (12). A baixa da commoditie foi impulsionada pelos temores sobre a demanda, diante da perspectiva de recessão econômica global e restrições à Covid-19. 

O café sente a pressão das incertezas que rondam o setor financeiro global, mesmo com a safra em atraso no Brasil. De acordo com o analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas os fundamentos próprios do mercado de café seguem sólidos, mas com o cenário externo atual a volatilidade deve ser mantida no médio prazo. 

O dólar ajudou a pressionar o café pelo segundo pregão consecutivo. Encerrou o dia com valorização de 1,26% e negociado por R$ 5,44 na venda. "Superando a marca de 5,40 reais conforme a demanda internacional por segurança permanecia elevada diante de temores de recessão, enquanto, no Brasil, investidores aguardavam com cautela as votações da LDO de 2023 e da PEC dos Benefícios", destacou a análise do site internacional Barchart. 

No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 2,64% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.290,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,74%, valendo R$ 1.350,00, Machado/MG teve queda de 1,49%, valendo R$ 1.320,00, Varginha/MG teve baixa de 2,26%, valendo R$ 1.300,00, Campos Gerais/MG teve baixa de 2,18%, valendo R$ 1.345,00 e Franca/SP teve queda 2,96%, negociado por R$ 1.310,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 2,50% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.365,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,68%, negociado por R$ 1.460,00, Varginha/MG teve queda de 1,45%, valendo R$ 1.360,00 e Campos Gerais/NG teve baixa de 2,09%, valendo R$ 1.405,00. 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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