Retirada do café colombiano da Bolsa de Nova York será definida em 15 dias 1t55q

Publicado em 14/03/2019 10:09

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A decisão sobre a retirada do café da Colômbia na Bolsa de Nova York será definida em cerca de 15 dias, segundo informa o site da rádio colombiana Caracol. A decisão será tomada no Quênia, onde ocorre a cúpula dos países produtores.

Em entrevista para a rádio, Roberto Vélez, gerente da Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia, diz que uma primeira abordagem da decisão chegou a ser discutida em Atlanta, nos Estados Unidos.

Segundo o executivo, outras nações receberam a informação com solidariedade. Vélez reiterou que os atuais preços do café na Bolsa de Nova York, abaixo de 1 dólar por libra-peso, não são viáveis para a produção do arábica lavado.

O executivo ressalta que o grau de especulação na Bolsa é tamanho que não descarta que os preços do café sigam caindo para níveis de 90 centavos de dólar por libra-peso.

No Brasil, os preços do café arábica também estão baixos, chegando a operar abaixo de R$ 400 nesta semana por conta da pressão externa. O país é o maior produtor e exportador de café do mundo.

"Os preços domésticos do café arábica voltaram a cair nesta semana, pressionados pelas desvalorizações internacionais da variedade e pela queda do dólar. Nesse cenário, agentes seguiram retraídos e a liquidez, baixa", destacou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

Na terça-feira (12), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou em R$ 395,58 a saca de 60 kg, com uma baixa de 1,18% frente ao dado levantado em 6 de março.

Vélez reconheceu que um dos problemas que nações como a Colômbia, Peru, América Central, Bolívia, Quênia e Tanzânia enfrentam a pela não institucionalidade e que isso pode gerar dificuldade de apoio.

Até o momento, Honduras tem sido o principal apoiador da proposta de retirada do café colombiano da Bolsa de Nova York. O país produz cerca de 7 milhões de sacas.

Vélez não cita na entrevista qual seria a alternativa para os produtores colombianos, caso seja batido o martelo de saída da Bolsa de Nova York, e nem os os de como a medida seria feita.

* Com informações da Rádio Caracol

Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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