Contratos futuros do boi gordo encerram semana com leves altas na B3, apesar de sessão desta 6ª feira finalizar em campo misto 1o1526

Publicado em 30/05/2025 17:22
Contratos futuros registraram leve alta após impacto inicial da gripe aviária, enquanto analistas projetam menor oferta de animais terminados e redução do abate de fêmeas nos próximos meses.

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Os preços futuros do boi gordo na Bolsa Brasileira (B3) encerraram a sessão desta sexta-feira (30) em campo misto. O contrato junho/25 registrou baixa de 0,03% e está cotado em R$ 312,55/@. O vencimento Julho/25 finalizou com ganho de 0,05% e está precificado em R$ 321,35@, enquanto o agosto/25 seguiu estável e está cotado em R$ 324,85/@.

As referências futuras para o boi gordo iniciaram essa semana trabalhando com baixas na Bolsa Brasileira, mas depois encontraram e e aram a operar com leves ganhos a partir de quarta-feira. Assim, o mercado seguiu registrando ganhos tímidos até a sessão desta sexta-feira.

Ao longo desta semana,  o vencimento junho/25 teve alta de 0,82%  se comparado com os preços de segunda-feira, que estava em R$ 310,00/@. O contrato julho/25 teve alta de 0,41%, frente aos valores observados no começo da semana, que estava em R$ 320,05/@, enquanto o contrato agosto/25 teve avanço de 0,48% se comparado ao início desta semana, que estava em R$ 3213,30/@.

Nesta sessão foi observada uma certa tranquilidade em função do vencimento do contrato maio na Bolsa Brasileira. De acordo com o sócio da Radar Investimentos, Douglas Coelho, o volume negociado ficou abaixo da média quando se compara com os demais pregões.

Os contratos mais custos trabalham levemente pressionados com a saída de animal de pasto, enquanto o mercado precifica uma entressafra com algum respiro. “Olhando o contrato julho opera um preço superior de R$ 17,00 se comparado com o vencimento maio , enquanto outubro está operando R$ 36,00 acima do que a gente vive neste momento”, afirma Coelho.

O mercado futuro ainda trabalha com resquícios dos impactos da gripe aviária. “O preço do frango, do ovo, do dianteiro teve alguns recuos nos últimos dias e acaba pressionando a competitividade da carne bovina no mercado interno em um momento que tem uma saída natural de boi de pasto em função do clima”, informou ao Notícias Agrícolas. 

De acordo com a Zootecnista e analista da HN Agro, Isabella Camargo, o mercado está atento acompanhando as informações para o segundo semestre para a pecuária, que deve ser mais firme frente ao primeiro semestre. “É o que a gente espera que aconteça, pois já temos um futuro indicando manutenção de preços. Devemos ter uma diminuição da oferta de animais terminados e também uma diminuição da participação de fêmeas no abate e isso deve refletir no mercado futuro”, comentou ao Notícias Agrícolas.

A analista também pondera que os contratos futuros para novembro e dezembro estão em bons patamares em R$ 345,00/@, pode estimular os pecuaristas a travar os preços na bolsa. “Não podemos dizer que é um valor ruim, mas precisa ser analisado em cada caso. A nossa sugestão seria travar os preços  mínimos”, comentou Camargo. 

O Sócio e Consultor da Boviplan, André Aguiar, reportou que neste último mês o mercado especulou muito, principalmente os impactos da gripe aviária para o setor de proteínas. O consultor fez um levantamento das variações de preços futuros da arroba quando surgiu o primeiro caso confirmado em granja comercial, no dia 15 de maio até essa sessão.

“No dia 15 de maio, os preços futuros do contrato outubro estavam precificados em torno de R$ 331,50/@, depois registrou uma queda de R$ 7,00/@ e no dia 19 de maio ficou cotada em R$ 324,00/@. No dia 21 de maio, o contrato já tinha superado  e ganhado R$ 8,00 antes da gripe aviária, em que estava trabalhando no patamar de R$ 340,00 e está até hoje nesta faixa de preço”, comentou Aguiar em entrevista ao Notícias Agrícolas. 

O consultor da Boviplan ainda destaca que a arroba do boi nos últimos 30 dias teve uma variação negativa em torno de 6 a 8%. Já o valor do boi vendido no frigorífico para o atacado, teve uma baixa de 6% a 7%. No entanto, dentro do varejo os cortes não tiveram uma variação tão expressiva.  
 

Por: Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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